
O orçamento da Câmara de Paredes para 2022 prevê um investimento de 78 milhões de euros, destacando-se a delegação de competências para as freguesias, disse hoje à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo Alexandre Almeida, trata-se de um orçamento “verdadeiramente amigo” das freguesias, com “mais de 1,9 milhões euros”.
Segundo o autarca socialista, o orçamento “espelha a descentralização que o executivo tem desenvolvido”, destacando que “serão realizados investimentos de forma descentralizada em todas as freguesias”, porque “com a delegação de competências é possível realizar e garantir obras em todas”.
Para Alexandre Almeida, “este é um orçamento em que o executivo irá apostar forte nas obras por administração direta”.
Em 2021 o orçamento daquele município do distrito do Porto foi de 72 milhões de euros.
Para 2022, indica o presidente, prevê-se a continuidade dos investimentos em “grandes obras”, nomeadamente a construção do Estádio das Laranjeiras, o Auditório Municipal e o Centro de Congressos de Paredes.
Habitação social, parques urbanos e serviços municipalizados de água e saneamento são outras apostas do orçamento.
O documento foi aprovado na câmara e assembleia municipal, órgãos onde o PS tem maioria absoluta.
O PSD votou contra quando a matéria foi abordada na câmara, tendo então considerado que se tratava de um “orçamento despesista” que privilegiava as “despesas correntes em detrimento das despesas de capital”.
É também um orçamento que não apoia as empresas e cujos apoios às famílias é extremamente redutor”, considerou o vereador Ricardo Sousa.
O PSD alertou ainda para um “passivo contingente de 120 milhões de euros, que terá que ser relatado nas contas de 2021”.
Estamos a falar de valores que podem colocar em causa a viabilidade financeira do município”, consideraram ainda os social-democratas.